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Olhando além do óbvio

Fotografia não precisa ter o elemento principal olhando para a câmera. Saiba porquê o "natural" é mais interessante |


Uma criança dando os primeiros passos. Um broto de planta que nasce depois de plantado. Um cachorrinho que pula de felicidade. O que esses momentos tem em comum?


Parando para pensar, a vida acontece sem poses. Os momentos que mais nos marcam sempre surgem, invariavelmente, do inesperado ou do espontâneo. São essas memórias que guardamos e contamos, seja porque nos impactaram ou porque nos impulsionaram a um momento único da nossa existência.


Posar para câmera também pode ser estratégia. Expressão corporal pensada, dentro de um contexto imagético específico ou de uma manifestação narrativa podem ser relevantes ou até mesmo essenciais. Não me refiro aqui a esse tipo de situação. O que proponho refletir é essa necessidade que temos de registrar os bons momentos quando todos estão bem arrumados, eretos e sorridentes. Esse tipo de registro acaba não refletindo aquela risada gostosa que alguém deu na mesa, o abraço da criança na mãe ou a forma que a luz do sol batia no vidro e refletia estampado na parede. Fotografia também é ter essa outra percepção - do que não está explícito e do que se pode ler nas entrelinhas de um momento que queremos recordar.


Na dúvida, pare e olhe. Depois olhe novamente.

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